2.º TEMA
A ENVOLVENTE DAS EMPRESAS/ ORGANIZAÇÕES:
“Os ambientes das organizações são factores cruciais para compreender o que se passa nelas e com elas, o que significa dizer, que nenhuma organização é uma ilha em si mesmo.” Richard Hall
O ambiente envolvente de uma organização oferece-lhe oportunidades e ameaças. As
empresas bem sucedidas conhecem a importância vital da observação e adaptação constantes à envolvente cuja mudança é constante.
São 3 níveis de Factores:
– Macro Factores
– Factores Próximos
– Factores Centrais
MACRO FACTORES: São:
O AMBIENTE DEMOGRÁFICO influencia directamente a actividade das empresas visto que estas dependem dos mercados que é constituído pela população. Se uma organização tiver a capacidade de antever a evolução demográfica, quer do ponto de vista da dimensão, distribuição em termos de idades ou nível educacional, de uma determinada zona ou país, poderá agir em conformidade, e em antecipação, e obter excelentes resultados. Exemplo: características da população – Natalidade diferente da Mortalidade, mais envelhecimento, qualificações, nível de escolaridade, tx de desemprego, afectam a gestão.
AMBIENTE POLÍTICO: As decisões de marketing são muitas vezes afectadas pelas leis, medidas governamentais e por grupos que influenciam e limitam as acções a tomar pelas organizações.
O AMBIENTE NATURAL abrange recursos naturais, para os quais os profissionais de marketing, precisam estar conscientes das ameaças e das oportunidades associadas. Devem considerar que são a escassez de matérias-primas, o aumento do custo de energia, o aumento da poluição e a intervenção governamental. Exemplo: O mar (pesca), Petróleo, Rios, Sol, Poluição
AS NOVAS TECNOLOGIAS hoje em dia é fundamental para as organizações conseguirem comunicar mais facilmente com o mercado e o meio envolvente. É importantíssima para o desenvolvimento das organizações. A evolução tecnológica exige novas qualificações e têm de ser adquiridas antes e durante toda a vida profissional. O trabalho está a ser invadido por tecnologia mais complexa, e o esforço físico pelo esforço mental.
RECURSOS ECONÓMICOS: São as pessoas e o seu poder de compra que fazem com que existam mercados. E aumentou a incerteza dos negócios. A empresa tem de ter em conta o aumento da concorrência, pois as empresas competem não só com empresas europeias, mas também com empresas de todo o mundo. O poder de compra numa economia, depende do rendimento individual, dos preços, da poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito.
O AMBIENTE CULTURAL é constituído por instituições e factores que afectam os valores básicos, as percepções, as atitudes e os comportamentos de uma determinada sociedade.
A ambição que qualquer profissional de marketing conseguir prever mudanças culturais de forma a reconhecer ameaças ou pelo contrário novas oportunidades de negócio.
FACTORES PROXIMOS: São:
Comunicação social é um dos factores que condicionam totalmente. Deixam questões no ar, e a continuação pode prejudicar o funcionamento da empresa. Exemplo: desfaz ou faz ministros, governos, empresas e as pessoas que ouvem acreditam..Temos assistido a campanhas contra o governo (1.º ministro pela comunicação social). As grandes empresas tem bons departamentos de comunicação. A Cominicação social também controla a opinião publica.
A opinião publica é muito volátil, organizam-se podendo demonstrar seu desacordo por manifestação.
Instituições financeiras: Antes dos anos 60 As empresas conseguiam evoluir tendo um recurso eficiente aos bancos, mas a partir dos anos 70, as empresas vivem da dívida. Se o bancos não cederem empréstimos às empresas, estas não se aguentam e fecham. No dia em que terminarem os financiamentos as empresas fecham.
Grupos de Pressão: são pessoas que se associam para se defenderem. Entre membros, há a tal solidariedade que lhes permite evoluir. Estes grupos podem desequilibrar as decisões governamentais: governos, finanças, segurança social. Exemplo: Ordem dos médicos, instituições.
Poderes Central e Local
FACTORES CENTRAIS: São:
Clientes (pessoas que apostam no produto da empresa, consumidores actuais constituem o mercado ou a procura)
Fornecedores (fornecem a matéria prima e ajudam a vender um produto a preço justo. Ter maus fornecedores – menor qualidade de produtos, ou preços altos) pode ser prejudicial para a empresa,
Colaboradores (o mais importante na empresa – desde o gestor até ao mais simples – pois tentam que uma empresa sobreviva – são o exército da empresa)
Accionistas (aplicam na empresa o seu dinheiro, tem confiança na empresa, e condicionam porque tem direitos nessa empresa)
Concorrência (são os adversários da empresa; competidores actuais e potenciais, bem como produtos substitutos, que satisfazem as mesmas necessidades do mercado; É importante antecipar o conhecimento dos concorrentes e analisar as suas estratégias: identificá-las e avaliar os seus pontos fortes e fracos e tentar antecipar as suas próximas movimentações;)
Sindicatos e instituições, as comissões de trabalhadores, o estado, associações patronais, entre outros (poderosos grupos de expressão, têm uma decisão fortíssima internamente. As associações sindicais e patronais podem influenciar, directa ou indirectamente, a evolução dos mercados em que a empresa actua.
Á parte:
OS 25 LIVROS DE GESTÃO MAIS INFLUENTES DO SEC XX- votação membros da Academy of management:
F. W. Taylor – The principles of scientific management – 1911 – fez o discurso do trabalho. O mestre era quem sabia fazer todas as tarefes. O aprendiz estudava por muitos anos a fim de ser mestre. Taylor conseguiu dividir um processo de trabalho por pequenas funções – das mais altas às mais elementares. Preocupou-se com a questão da produção, eficácia.
Peter Drucker – The practice of Management – 1954 – Considerado a bíblia.
REFERENCIA HISTÓRICA:
Prespectiva mecanicista ( one best way) davam ênfase à procura de caminhos para gerir o trabalho e as organizações de forma mais eficiente, vendo o homem como uma máquina. Não obstante, abriram os caminhos na gestão.
Inicio do séc. XX – F.W.Taylor
Henry Ford – cadeia de montagem
Max Weber – burocracia
Fayol – Funções empresariais
Inicio do séc. XX – F.W.Taylor 1911
Fez o estudo do tempo e movimentos dos trabalhadores na actividade fabril para determinar o melhor modo de executar uma tarefa, para desenvolver o melhor método (Best way) e desempenhá-la.
Um dos aspectos importantes da sua teoria foi que fez a abordagem científica de cada trabalhador individual, defendendo a selecção e treino rigoroso de cada operário pelo gestor
Taylor defendeu também a racionalização do trabalho, ou seja,
– O gestor devia de cooperar com os trabalhadores na aprendizagem e realização de funções.
– o gestor devia controlar todos os movimentos do trabalhador.
– Defendeu também um sistema de salários estimulantes, isto é, quem mais trabalha mais recebe.
– Defendeu a estrutura funcional para a empresa e a divisão do trabalho e das responsabilidades, em que o gestor é responsável pelo planeamento e os trabalhadores responsáveis pela execução de tarefas.
A contribuição de Taylor foi relevante, porque encorajou os gestores a terem em conta a natureza do trabalho e a melhor forma de gerir as pessoas e os recursos.
Henry Ford – cadeia de montagem
Criador da marca Ford. A cadeia de montagem baseava-se em trabalho repetitivo. Era o faccínio da Máquina – Não importa aprender nem desenvolver mais. Notou qual era o limite para ter um bom ritmo de produção e onde era o pico de queda. Reparou que após as 12 – 14 horas de trabalho a produtividade era baixa , ao contrário, que se o trabalhador trabalhasse durante 7 ou 8 horas de trabalho havia muita produtividade mais eficiente – tendo em conta que o tempo normal de trabalho eram as 12 horas.
Especialização Operária, Produção em massa, Salários Elevados, Ausência de hierarquia e organização.
Max Weber – burocracia
Olha para a empresa como um todo e consegue desenvolver um método que durou mais de 90 anos. Tentou encontrar uma forma de organização perfeita – criar um sistema de poder de forma justa. o termo burocracia não tem a carga negativa em relação com a actualidade, A ideia de burocracia defendida por Max Weber conduziria a um tratamento equitativo de todos os empregados, uma vez que a cada um eram atribuídas áreas específicas de actuação e responsabilidade na base da sua competência e capacidades.
Os seus princípios eram:
– Especialização do Trabalho, Formalização de regras e procedimentos (competência e rapidez)
– Impessoalidade
– Hierarquia bem definida (Precisão da função e na operação)
– benefícios para as pessoas por meio de Promoções baseadas no mérito proporcionando confiança.
Neste contexto, a burocracia significa o tipo de organização humana em que a racionalidade atinge o seu mais elevado grau. O principal objectivo de Weber era a máxima eficiência da organização
Fayol – Funções empresariais -fez a abordagem dos aspectos funcionais da empresa (direcção, controlo, planeamento e organização). Enquanto outros estudaram o trabalho humano e a sua mecânica, ele centrou a atenção no papel da gestão e nas qualificações dos gestores. Fayol dividiu as operações empresariais em 6 actividades fundamentais: comercial, técnica, segurança, contabilidade, financeira e administração.
Ele sugeriu 14 princípios da gestão: Divisão trabalho, Autoridade, Disciplina, Unidade de comando, Unidade de direcção, Subordinação do interesse individual ao interesse colectivo, Remuneração justa, Centralização, Cadeia hierárquica, Ordem, Equidade, Estabilidade, Iniciativa, Espírito de equipa.
Escola das Relações Humanas para a Motivação dos trabalhadores
Elton Mayo – foi o fundador
Abraham Maslow – Pirâmide das necessidades
F. Herzberg – Teoria dos dois factores
Elthon Mayo: Foi o fundador da Escola das Relações Humanas para a Motivação dos trabalhadores, concluiu que, para que houvesse um completo aproveitamento dos meios humanos, o homem teria que ser compreendido, quer em grupo, quer isoladamente. Concluiu ainda acerca da tendência dos trabalhadores constituírem grupos informais, com as suas normas próprias e o desempenho de papéis próprios.
Abraham Maslow Pirâmide das necessidades, Enunciou a teoria da motivação, que tem 3 premissas:
1 – As pessoas têm necessidades que nunca estão satisfeitas
2 – O comportamento das pessoas vai no sentido de satisfazer as necessidades
3 – Existe uma hierarquia de necessidades humanas:
De baixo para cima: Necessidades fisiológicas (de sobrevivência); segurança; necessidades sociais; estima; auto-realização.
Esta pirâmide apresenta 2 características: Simultaneidade (posso estar em diversos níveis) e variabilidade.
Herzberg: com a Teoria dos 2 factores, identificou 2 classes distintas importantes para o comportamento das pessoas no trabalho: factores higiénicos e factores motivacionais
Os factores higiénicos / ambientais de trabalho (primeiros a satisfazer) referem-se a salários, segurança, ergonomia, colegas, etc
Os factores motivacionais referem-se ao poder, autonomia, realização, reconhecimento, etc..
Depois…
Peter Drucker – The Practice of management (1954) – O Verdadeiro fundador da Ciência da Gestão. Na sua obra o futuro está sempre presente.
McGregor – teorias X e Y
W. Ouchi – Teoria Z
Peter Drucker – The Practice of management (1954) – O Verdadeiro fundador da Ciência da Gestão. Na sua obra o futuro está sempre presente.
Mc Gregor: desenvolveu duas teorias que põem em confronto duas posições antagónicas de ver o comportamento das pessoas.
A teoria X é pessimista e defende que as pessoas não gostam de trabalhar, precisam e preferem ser dirigidas e controladas, não gostam de assumir responsabilidades, têm fraca ambição e procuram sobretudo a segurança. Os empregados são preguiçosos e só trabalham quando motivados por factores negativos (ameaças, etc)
Por outro lado, a teoria Y defende que os trabalhadores podem encarar o trabalho com naturalidade, gostam de assumir responsabilidades, preferem o auto-controlo, existe criatividade e inovação das pessoas.
Esta teoria mostra o potencial do gestor integrar os objectivos individuais com os da organização
William Ouchi: Os EUA interrogavam-se sobre o porquê do sucesso das empresas japonesas. Assim, William Ouchi formulou 3 teorias diferentes:
Teoria A – Refere-se às empresas americanas
Teoria J – Refere-se às empresas japonesas no Japão
Teoria Z – Refere-se às empresas americanas com aplicação dos princípios de gestão japoneses.
nos nossos dias …
Herbert Simon – teoria da Racionalidade Limitada
Warren Bennis – adocracia
Ludwig von Bertalanfly – empresa sistema aberto
Herbert Simon: com a teoria da racionalidade limitada, ele desenvolve planeamento estratégico na gestão. Hoje em dia não há rotina, acontecem imprevistos e desafios e por isso é necessário que os trabalhadores sejam treinados, para agirem eficazmente. É necessária comunicação.
Warren Bennis – com a adrocacia, faz um ataque de oposição à Burucracia. Tem de haver mais confiança, mais exigência, mais cuidado com as pessoas…
Ludwig von Bertalanfly – empresa sistema aberto. A empresa deve ser livre e organizada. …
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